O despertador tocou e abri meus olhos com aquele rompante de preocupação. Desliguei o barulhinho irritante do meu celular – que repousava sobre minha barriga – e já enxerguei a tela brilhante do meu notebook me encarando, em cima da cama. É, os eletrônicos tomaram conta do pedaço. Até dormem com a gente. Puxei o “note” e comecei a escrever sobre os vapes (ou DEFs = dispositivos eletrônicos para fumar). Agora a gente faz até fumaça sem fogo.
Mas tudo tem um preço. Sabemos que a proximidade do celular com o nosso corpo pode ser nociva e até provocar algum tipo de câncer. Mas a minha conversa aqui é outra. Inventaram o tal do vape com o intuito de auxiliar o fumante de cigarros convencionais a parar de fumar, com a proposta de ser menos nocivo. Pois bem, não é. Primeiro, porque os fumantes passaram a fumar ambos; segundo, porque os jovens passaram a utilizá-lo e se mostraram menos inclinados a parar de fumar. Terceiro, não há evidências de que o vape seja menos nocivo. Há nicotina em sua composição, além de solventes e aditivos que são aquecidos e produzem substâncias tóxicas ao organismo. Possuem refis e frascos de nicotina líquida, que já provocaram algumas intoxicações pela ingestão acidental – inclusive um óbito em criança nos Estados Unidos. E ainda são fonte de lixo tóxico com lítio e cobre.
As evidências de que os DEFs fazem mal à saúde são inúmeras. A nicotina presente nos vapes, que passa para o organismo como no cigarro comum, causa os mesmos efeitos já bem conhecidos: aumenta a frequência cardíaca, a pressão arterial e inflama as artérias, provocando a formação dos entupimentos que causam infarto no coração e obstruções nas artérias do corpo inteiro. Ainda, o uso dos cigarros eletrônicos pode causar uma lesão pulmonar aguda grave. Para completar o quadro, os vapes podem induzir dependência da nicotina, como um cigarro qualquer.
E nem adianta perguntar: e se fumar “pouco”, pode? Os efeitos das substâncias tóxicas não são lineares, ou seja, dependentes da dose exposta. Variam muito conforme o que se fuma, quanto e como é a resposta do organismo que fuma. Pois se há efeitos deletérios para os fumantes passivos, então os tabagistas “ativos” não estão livres de problemas de saúde apenas porque fumam “menos”. Comparados aos não fumantes, são pessoas em risco.
E, para terminar, puxando a sardinha para o meu lado, que é proteger os corações e prevenir o infarto, sempre é bom a gente saber: os entupimentos nas artérias acontecem de forma silenciosa. Felizmente, existem maneiras de se descobrir se há inflamação e obstruções mais graves, antes que se sofra um infarto – que pode até ser fulminante. Então, cuide do seu coraçãozinho. É a sua vida, sua chance de viver os momentos mais lindos com os seus.
Os Malefícios do Cigarro Eletrônico para a Saúde Cardiovascular
Os cigarros eletrônicos, ou vapes, foram inicialmente promovidos como uma alternativa mais segura ao cigarro convencional. No entanto, diversas pesquisas apontam para os malefícios significativos desses dispositivos, especialmente para a saúde cardiovascular.
Cigarros Eletrônicos Aumentam a Frequência Cardíaca e a Pressão Arterial
A nicotina presente nos vapes tem efeitos diretos sobre o sistema cardiovascular. Ela aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial, inflamando as artérias e facilitando a formação de entupimentos que podem levar a infartos e outras obstruções arteriais. Esse efeito é similar ao observado no consumo de cigarros tradicionais.
Lesões Pulmonares e Intoxicações
Além dos efeitos sobre o coração, o uso de cigarros eletrônicos pode causar lesões pulmonares graves. Há registros de intoxicações acidentais com refis de nicotina líquida, resultando em hospitalizações e, em casos extremos, até óbitos.
Dependência de Nicotina
Os vapes podem induzir a dependência de nicotina de maneira semelhante aos cigarros comuns. Essa dependência representa um risco contínuo para a saúde cardiovascular, já que a exposição prolongada à nicotina perpetua os efeitos deletérios sobre o coração e as artérias.
Vapes e Pods (cigarros eletrônicos) Aumentam Risco de Infarto?
Os vapes não são menos nocivos do que os cigarros convencionais. A nicotina e outras substâncias tóxicas presentes nos dispositivos eletrônicos para fumar contribuem para a inflamação das artérias, o que pode levar à formação de placas e, eventualmente, ao entupimento das artérias. Esse processo silencioso pode resultar em infartos e outras doenças cardiovasculares graves.
E nem adianta perguntar: e se fumar “pouco”, pode? Os efeitos das substâncias tóxicas não são lineares, ou seja, dependentes da dose exposta. Variam muito conforme o que se fuma, quanto e como é a resposta do organismo que fuma. Pois se há efeitos deletérios para os fumantes passivos, então os tabagistas “ativos” não estão livres de problemas de saúde apenas porque fumam “menos”. Comparados aos não fumantes, são pessoas em risco.
Prevenção é o Melhor Remédio
Para aqueles que desejam cuidar do coração e prevenir doenças cardiovasculares, a melhor estratégia é evitar o uso de cigarros eletrônicos e convencionais. Aqui estão algumas dicas para proteger sua saúde cardiovascular:
- Monitore sua Pressão Arterial: Meça regularmente sua pressão arterial, especialmente se você já tem diagnóstico de hipertensão.
- Adote Hábitos Saudáveis: Pratique atividades físicas regularmente, mantenha uma dieta equilibrada e evite o consumo de substâncias nocivas, como a nicotina.
- Consulte um Cardiologista: Faça check-ups periódicos com um cardiologista para monitorar a saúde do seu coração e receber orientações personalizadas.
Cuidar do coração é essencial para viver uma vida plena e saudável. Portanto, evite os cigarros eletrônicos e siga as recomendações de saúde para garantir um futuro sem infartos e outras complicações cardiovasculares.
Para mais informações sobre como cuidar do seu coração, entre em contato comigo e agende uma consulta cardiológica. Seu coração merece o melhor cuidado! ❤️